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Mendonça emite nota para rebater fala de Gilmar sobre ‘narcomilícia evangélica’

 O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, reagiu à fala do ministro Gilmar Mendes, seu colega de Corte, que na última segunda-feira disse existir uma suposta "narcomilícia evangélica" no Rio de Janeiro durante uma entrevista para o programa Estúdio i da GloboNews.


Mendonça, que além de jurista integrante do STF, também é pastor da Igreja Presbiteriana, afirmou que entrou em contato com Gilmar a fim de esclarecer melhor sua declaração.


"Conversei com o Ministro Gilmar Mendes sobre o ocorrido. Na ocasião, Sua Excelência reafirmou (i) seu respeito à comunidade evangélica, (ii) que de sua parte não houve qualquer intenção de constranger seus membros e (iii) que estaria à disposição da liderança da Igreja para conversar e esclarecer o assunto", informou o pastor.


Na sequência da nota, Mendonça sai em defesa da comunidade evangélica, rebatendo as insinuações maliciosas que associam o segmento ao crime organizado. Em sua declaração ao Estúdio i, Gilmar Mendes não chegou a fazer qualquer distinção entre os criminosos que, porventura, fingem ser membros de alguma igreja.


"Posso afirmar, com muita segurança, que se há uma rede evangélica nesse país, ela é composta por mais de 1/3 da população, a qual se dedica sistematicamente a prevenir a entrada ou retirar pessoas do mundo do crime, em especial, aqueles relacionados ao tráfico e uso de drogas, que tanto sofrimento causam às famílias brasileiras", afirma Mendonça.


Discriminação

André Mendonça põe em dúvida a veracidade das declarações repercutidas por Gilmar Mendes, esclarecendo que se tal afirmação sobre "narcomilícia evangélica" tiver ocorrido, de fato, ela é fruto de discriminação e preconceito por parte de quem fez a acusação.


O ministro também cobrou responsabilidade por parte de quem tem conhecimento da suposta denúncia, dizendo que em caso de veracidade, os responsáveis por eventuais crimes devem responder devidamente.


"Espera-se, assim, que eventuais condutas ilícitas dessa natureza sejam objeto de responsabilização, independentemente da religião professada de forma hipócrita, falsa e oportunista por quem quer que seja", conclui Mendonça. Abaixo está a íntegra da nota.



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